Hoje é o dia da criança!

E há tanto para dizer e escrever sobre este lindo tema: crianças!

Nelas podemos ver o nosso poder como seres divinos: o poder da criação. Criação que é pura e livre de preconceitos, sempre aberta a aprender, sempre a observar tudo, descobrindo sempre a maravilha da perfeição e a alegria de viver.

É nela que vive o futuro, pois é ela que o cria.

Para mim, não consigo descrever por palavras a emoção e sentimento que foi ser mãe, e nas duas vezes em que fui abençoada, foi sempre uma descoberta de novos sentimentos, acima de tudo humildade por ter sido a escolhida entre tantas outras mulheres, e também de poder, por criar e desenvolver dentro de mim, dois seres que são importantes e que têm uma missão a cumprir neste mundo (assim como todas as crianças da Terra).

Não é de todo fácil orientar e educar. Há sempre muitos aspetos a ter em conta, e que são diferentes de criança para criança. E principalmente é necessário ter em especial atenção as vontades e os desejos da criança, que têm de ser distinguidos das nossas vontades e dos nossos desejos.

É tentador, muitas das vezes deixarmo-nos levar pelo sentimento de querer proteger, mas na verdade esse sentimento se for aplicado, causa o maior sofrimento que se possa conceber. Ao superprotegermos as nossas crianças, acabamos por limitá-las a um mundo supostamente seguro (que de seguro nada tem), onde não há espaço para mais nada a não ser medo. Medo esse que no fim leva a graves distúrbios na adolescência e quando se é adulto.

Devemos confiar na vida, e passar esse ensinamento às crianças. Elas têm de descobrir e aprender livremente. A nós cabe-nos apenas ser um farol, para orientá-las, e acima de tudo e o mais importante é ama-las incondicionalmente. Seja qual for a escolha que cada uma decida fazer, a vida é em primeiro lugar delas e não nossa!

 

Vossos filhos não são vossos filhos…

Vossos filhos não são vossos filhos.

São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.

Vêm através de vós, mas não de vós.

E embora vivam convosco, não vos pertencem.

Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,

Porque eles têm seus próprios pensamentos.

Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;

Pois suas almas moram na mansão do amanhã,

Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.

Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,

Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.

Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.

O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força

Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.

Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:

Pois assim como ele ama a flecha que voa,

Ama também o arco que permanece estável.

Khalil Gibran


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